Em um local de escavações perto de Bonn, na Alemanha, arqueólogos descobriram o esqueleto de um homem e de um cão, enterrados juntos. O local data de mais ou menos quatorze mil anos atrás. E, no Alabama, os seres humanos de cerca de oito mil anos atrás enterravam os cães de modo que era, segundo o arqueólogo Carl E. Miller, “muito mais cuidadoso que enterravam os homens”. No mundo todo ao longo da história da humanidade, os cães tem desempenhado não apenas um papel de trabalho, mas também um papel emocional em nossa vida.Os cães do grupo dos Toys são a evidência mais flagrante da profunda ligação entre seres humanos e cachorros. Enquanto algumas raças de toys tinham como propósito caçar pequenos animais considerados pragas ou espantar pássaros de vegetações, muitas delas foram criadas ao longo dos séculos apenas para satisfazer as necessidades emocionais dos seres humanos – como companhia ou “enfeite”. Não executavam tarefas importantes me, auxiliavam na sobrevivência dos seres humanos. Nós simplesmente os amávamos . Muitas dessas raças são versõesem miniaturas de seus parentes, mas outras têm uma origem tão antiga que já foi esquecida.Os cães do tipo toys têm diversos passados genéticos, por isso não podemos fazer generalizações a respeito de seu comportamento. Alguns deles caçavam aves ou ratos, como o Cavalier King Charles Spaniel e o English Toy Spaniel, o Toy Manchester Terrier, o Toy Fox Terrier, o Yorkshire Terrier e o Silky Terrier, o Papillon, o Maltês, o Lulu-da-Pomerânia (ou Spitz Alemão Anão), o Poodle Toy e o Pinscher Miniatura. Esses cães foram selecionados pelo alto nível de energia, e isso se mostra pelos seus descendentes. Cães “de colo”, como o Chihuahua, o Pequinês, o Pug e o Shih tzu, foram criados pela aparência, pelo tamanho, e, claro, por serem bonitinhos.Infelizmente, a fofura é onde começa o problema com a maioria das raças pequenas. Os seres humanos adoram coisas fofinhas – os antropólogos dizem que é uma característica inscrita em nosso ser para que cuidemos de nossos bebês. Como os cães das raças toys são adoráveis, costumamos permitir que façam coisas que não permitiríamos que raças maiores fizessem. Por exemplo, a maioria das pessoas não permite que cães grandes latam por muito tempo. Os latidos são altos e irritantes demais para nós. Além disso, quando um cão maior late, costumamos levar o latido muito a sério. No entanto , quando um cão pequeno late para nos alertar de alguma coisa, ou simplesmente para chamar nossa atenção, costumamos deixá-lo latindo até quando ele quiser. No começo, achamos engraçadinho: “Ah, ele está me dizendo que quer seu osso”, e o entregamos a ele, ou “Ah, ele está me dizendo que quer brincar”. Depois de um tempo, o comportamento se torna irritante, mas nos convencemos de que se trata apenas da personalidade do cão ou da raça e não fazemos nada a respeito. E um comportamento ainda pior é o de morder. Nunca permitiríamos que um rottweiler usasse os dentes para nos manipular ou controlar, mas, quando cães pequenos mordem, é exatamente isso que estão tentando fazer. Quanto mais permitimos esse tipo de comportamento, mais ensinamos aos cães toys que é assim que vão conseguir o que desejam. No fim das contas, esses cães se tornam tão instáveis que o comportamento pode evoluir para ataques a outros animais ou a pessoas.O segredo é lembrar que, por trás da cara fofinha e dos pêlos macios, seu toy é um animal e um cão em primeiro lugar. Tendo isso sempre em mente e aplicando a fórmula de exercícios, disciplina e carinho, satisfazer as necessidades de cães menores não é muito diferente de satisfazer a necessidade de cães grandes. Os cães do tipo toy também precisam de caminhadas vigorosas, mas, como utilizam mais energia para caminhar uma distancia menor, não se faz necessária uma caminhada extensa. As brincadeiras devem ser feitas de modo controlado, com começo, meio e fim bem definidos.A dica é não deixar que os cães pequenos estoquem muita energia. Quando passam a mastigar, latir e morder compulsivamente ou se tornam anti-sociais, é porque descobriram que estas atividades negativas são maneiras de gastar energia. Não importa quão pequeno for o seu cão, ele precisa substituir o comportamento destrutivo por desafios físicos e psicológicos, que podem ser desde brincar de pegar com uma bola de tênis até fazer exercícios de agility e flyball, no caso de cães com energia mais alta. E todos os cães pequenos podem se beneficiar dos exercícios de obediência com recompensas no final.
Raças que fazem parte do Grupo dos Toys:
- Affenpinscher
- Bichon Havanês
- Bichon Maltês
- Cavalier King Charles
- Chihuahua
- Grifo da Bélgica
- King Charles
- Lulu da Pomerânia | Spitz Alemão
- Papillon
- Pequeno Galgo Italiano
- Pequinês
- Pinscher Miniatura
- Poodle
- Pug
- Shih Tzu
- Silky Terrier
- Spaniel Japonês
- Toy Terrier
- Yorkshire Terrier
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